Não existe história brasileira sem cachaça

A cachaça faz parte da cultura e da história do Brasil. Entre as diversas versões de onde ela foi produzida pela primeira vez, o historiador Luís da Câmara Cascudo, autor de Prelúdio da Cachaça, aponta que foi por meados de 1532, em São Vicente. O munícipio reuniu os primeiros engenhos de açúcar do país, locais que utilizavam mão de obra de escravizados.

Durante o século XVI e XVII, ocorreu uma escassez na moeda utilizada para compra das pessoas escravizadas. Assim, o escambo era feito através de vários produtos, sendo um deles a cachaça. A bebida era muito utilizada nessas transições por causa do seu alto teor de álcool, que preservava a substância, influenciando na sua popularidade.

Além de São Paulo e Pernambuco, a cachaça também se espalhou por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Durante a viagem, o destilado ficava armazenado em barris de madeira, modificando seu sabor. É possível que tenha começado assim o hábito de envelhecer a bebida para obter novos aromas.

Nessa trajetória, quem não gostou da popularidade da cachaça foi a Coroa Portuguesa, que implementou diversas taxas e restrições na produção do destilado brasileiro, motivando os primeiros sinais de revolta e ideais independentes na Colônia. Mais adiante, em meados de 1850, a cachaça sofreu discriminação da elite brasileira, sendo relacionada com a pobreza e pessoas negras. Assim, artistas e intelectuais se posicionaram para defender o produto, resgatando a sua imagem brasileira e importância na nossa cultura.

Com o passar das décadas, a cachaça foi evoluindo e, aos poucos, vem se livrando de preconceitos. Atualmente, a Harmonie Schnaps trabalha incansavelmente para mostrar a potência e a qualidade da cachaça artesanal e o seu valor na nossa cultura. Desde a plantação da cana-de-açúcar até a destilação, do engarrafamento até a entrega ao cliente, nós temos uma missão: fazer a melhor cachaça de alambique.